terça-feira, 20 de julho de 2010

AS FERRAMENTAS SOCIAIS NA EDUCAÇÃO


A velocidade com a qual os recursos tecnológicos vêm progredindo nos dias atuais é bastante intensa e, muitas vezes, até assustadora. Quando estamos começando a nos adaptar com algum novo equipamento ou programa, mal piscamos os olhos e pronto, lá vem uma outra novidade cada vez mais aperfeiçoada e com muito mais recursos.
Tal situação tem sido constante, mas ao invés da sociedade abrir os olhos para essa realidade, tem ocorrido o contrário, pouquíssimas pessoas têm dado a devida atenção para as tecnologias da informação e comunicação (TIC´s), principalmente na área educacional, onde estas, quando bem aproveitadas, podem transformar a prática pedagógica de qualquer educador.
Embora a instância educacional, na sua grande maioria, não tenha percebido esse potencial transformador que são as TIC´s, conforme já destacado no parágrafo anterior, existe uma minoria que já percebeu e está fazendo a diferença em suas salas de aulas, enriquecendo diariamente a relação professor-aluno.
Mesmo que ainda tímidas essas experiências com o uso das TIC´s, aqui no Brasil, têm sido riquíssimas e também têm apresentado resultados surpreendentes. Como um grande exemplo disso podemos citar o projeto desenvolvido pela educadora gaúcha, Marli Fiorentino, que se apropriou da ferramenta blog¹ , uma das ferramentas sociais da Web 2.0² para inovar sua prática pedagógica junto aos alunos. Tal experiência, não somente qualificou a didática da educadora, mas principalmente, permitiu com que seus alunos participassem de um processo colaborativo bastante intenso onde, a todo o momento, não somente aprendiam, mas também ensinavam, fortalecendo o discurso de Freire em Pedagogia da Autonomia, quando enfatiza que o verdadeiro ato educativo é aquele onde aprendem educador e educando.
A experiência vivenciada por Marli e seus alunos é uma prova concreta de que a educação pode e deve usufruir das ferramentas sociais em seus ambientes de aprendizagem. O blog, ferramenta utilizada pela educadora, é apenas uma de uma série de ferramentas que podem ser aproveitadas pelo educador no intuito de não somente modernizar, mas qualificar e melhorar muito o trabalho que desenvolve com seus alunos.
Sabemos que o novo em muitos momentos pode parecer assustador, mas não significa que somos incapazes de lhe darmos com ele.
Por isso, deixe um pouco os temores de lado e ouse mais se não quiser ficar para trás nesse mundo tão globalizado, tecnologicamente falando.
Ao final, com certeza, todos sairão ganhando, principalmente, professor e aluno.

¹ O blog desenvolvido pela educadora Marli Fiorentino e seus alunos chama-se “Vidas Secas - da ficção à realidade”. Para conhecer melhor a experiência é só acessar o link - http://vidassecascolbachini.zip.net/.

² Web 2.0 – Segundo Daniela Bertocchi, jornalista, mestre em Ciberjornalismo pela Universidade do Minho, não existe um consenso sobre a web 2.0. Mas, o discurso mais comum é que trata-se do processo revolucionário da internet, onde seus usuários passam a usufruir mais do poder de participação e criação que rede proporciona.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O NASCIMENTO: POR QUE TUDO COMEÇOU?



Diante dos mais recentes indicadores apresentados pelo Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - devemos reconhecer que, embora tenham ocorrido avanços, o estado de Alagoas, na área educacional, continua com os piores indicadores de qualidade. Na avaliação das séries finais, de 5ª à 8ª, o pior desempenho foi o de Alagoas, com nota 2,9, numa escala que vai de 0 a 10.
Para piorar a situação, a capital do estado, Maceió, foi a capital com o pior índice de rendimento do país, com nota 3,6 para as séries iniciais e 2,6 para as séries finais do ensino fundamental.
Tais resultados fizeram com que o estado passasse a ocupar o penúltimo lugar, em relação à qualidade educacional, a nível de Brasil, e o último a nível de região, a nordeste.
Boa parte desses problemas é atribuída, principalmente, à questão da leitura e escrita, consideradas como as grandes vilãs dos estudantes, pois uma parte relevante destes não consegue ler com boa entonação, respeitando a pontuação registrada no mais simples dos textos, nem, muito menos, consegue interpretar com coerência aquilo que escreve.
Tal situação só intensifica a necessidade de criação de alternativas que possam minimizar tamanha problemática, pois o desenvolvimento de uma cidade, estado ou país só ocorre, de fato, quando a educação se apresenta de forma qualitativa.
Com base nestas questões pretendo, enquanto educadora que visa contribuir para melhorar tal realidade, desenvolver um projeto didático que tenha como foco principal, especificamente, a leitura e a escrita, utilizando como estratégia pedagógica esse edublog, recém batizado de INTERLEITURA.
Ele funcionará como  um portfólio digital, onde alunos do 5º do ensino fundamental, da escola Estrela do Mar, alunos estes que também apresentam carência nas áreas de leitura e escrita, pois a grande maioria veio de escolas estaduais e municipais e não tiveram acesso a uma base mais sólida de conhecimentos, terão a oportunidade de acompanhar e registrar suas próprias reflexões acerca dos trabalhos que produzirão ao longo do projeto.
A princípio, o projeto se desenvolverá como uma experiência piloto, cujas ações serão desenvolvidas a partir do dia 26 de julho, sendo finalizadas em 17 de dezembro de 2010.
Como principal objetivo, o INTERLEITURA pretende melhorar a qualidade dos níveis de leitura e escrita, utilizando as ferramentas sociais como principal estratégia pedagógica, especificamente o edublog.